domingo, 16 de dezembro de 2007

Solidão

Ontem tive um momento de extrema solidão ao estar passando de carro no trânsito infernal que ia desde as proximidade da Ana Rosa até a Consolação, proximo as 22h. Com as artimanhas que meu pai me ensinara desde menino (cortar caminhos, ser alternativo em relação as direções, não fazer o que todos fazem) me fizeram criar coragem de cortar caminhos por lugares que eu não conhecia. Mas mesmo assim, alguns pontos estavam bem cheios.

No fim, me deparei sozinho na Consolação. Deixei meu carro na Padaria Haddock como de costume e me direcionei ao HSBC Belas Artes. Consegui entrar na sessão das 23h20 para assistir Noel, o poeta da vila. Um filme muito bacana. Conta a vida do nosso saudoso Noel Rosa, que contribuiu para um estilo de samba único com letras e poesias que durarão muitas e muitas gerações. Morreu novo, 26 anos, vitima de tuberculose. E viva a bohemia!

Voltei pra casa. Recebi uma ligação de Beto que confesso que me animou um pouco. Mas estava na Santa Cruz. Voltar tudo aquilo não seria bacana. Voltei e comi esfihas com minha irmã.

Me questiono sobre minha solidão. Não quero ser mais um fracassado que se lamenta por se sentir sozinho. Mas está sendo maior do que eu. É intenso, é continuo. É doloroso.

Ser solteiro em São Paulo para muitos é uma proeza. A casualidade existe e é boa, a vida let me get mine, you get yours é chamativa. Mas acredito que no fundo no fundo a solidão bate na porta, pede licença para todo mundo.




Um comentário:

th.iii disse...

olha, como diz a penélope da MTV. faça uma faxina ouvindo Bethânia, e vá a luta! acredita! corági!