segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Tem coisa que só passando pra entender.

Nos últimos dias tenho me perguntado e questionado sobre a existência de Deus. Claro, acredito fielmente que Deus está comigo onde quer que eu vá, mas especialmente nesses ultimos dias me questiono sobre essa "fidelidade", até que ponto estou "dentro" das asas Dele.

Pra ajudar minha neura, briguei com muita gente que eu amo. Algumas brigas sem nexo, só pelo simples estranhamento, outras mais complexas, sujeitas a humilhação e troca de ofensas. Tudo do jeito que o Diabo gosta. Tudo do jeito que a gente dorme pensando que poderia ter sido diferente.

Acordei portanto, no domingo, dia 19 de janeiro atordoado e um pouco magoado com esses fatos. Lavo o rosto, desco de boxer como de costume para a sala de estar, onde costumo ligar a TV por assinatura e zapear alguns canais enquanto me delicio com a voz de Duffy e All Green e músicas mais encorpadas como N.E.R.D.S e Wannadies.

Nesse meio tempo me pego assistindo novamente aquela obra prima do Transformers. Vejo detalhes, lutas e sons... Vazio, algo aperta meu peito.

Subo para meu quarto, me deito pensando sobre o que acontece comigo. Algumas horas é valido essa reflexão. É bom saber se você está acertando ou não. O problema é que não conseguia ver esses detalhes...

Entre 16h tomo banho, coloco uma calça jeans, uma camiseta pouco intimista e um bom e velho allstar. Estava pronto para sair na rua. Pensei sobre o destino... Entre uma opção e outra, começo a cantar uma canção bela do Hillsong. Era fato: precisava ir a igreja.

Recebo uma ligação, é Marcelo, perguntando se eu queria comer um pedaço de lasanha que Guilherme prepararia mais tarde. Digo que sim, porém primeiro iria a igreja, afinal, faz anos que não vou.

Tiro o carro da garagem, encho o tanque. Estava pronto: Precisava daquela experiencia que outrora fora tão infame e estranha.

Via Imigrantes lotada, 17h, 17h15, 17h23. Desisto de ir até a igreja. Me dirigo a Augusta onde contém tudo de errado.

Entre um boteco e outro, me dirijo ao Marcelo. Entre um local e outro, me pego estacionando meu carro.

Marcelo liga: "Lê, liga pra sua mãe, o teto da Renascer caiu".

Fiquei alguns segundos em silêncio. Não conseguia acreditar. Não conseguia digerir.

Tento algumas ligações para casa mas ninguém atende. Até que recebo uma ligação de volta "Você está bem?" "Estou mãe, estou!".

Após esse momento pensei comigo mesmo, eu poderia ter sido uma das 7 pessoas que morreram. Eu poderia ser entre os 100 feridos. Mas não.

Não acredito que Deus não estava com aqueles fieis todos, muito pelo contrário. Mas como uma densa conversa nessa madrugada me revelou: "As coisas simplesmente acontecem.."

É. Pode ser se você tenha razão. Simplesmente acontecem.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando vi a notícia na tv, imediatamente pensei em vc, pois sabia que às vezes ia naquela Igreja aos domingos. Confesso que uma grande ansiedade e preocupação tomaram conta de mim, que só foram embora quando a lista de feridos foi finalmente divulgada....Ontem, por um acasou ou não, encontrei seu blog e não resisti em dar uma espiada. Vc continua ótimo, apaixonante ao extremo.

Rossi disse...

Baby, super acredito que só passamos por aquilo que precisamos passar e vc não precisava estar ali naquele momento e fico feliz por isso, por as vezes você não ser pontual rs...
beijos te adorooo

Rogério Ribeiro disse...

Oh, my... Garoto, fé é um troço estranho. Absolutamente irracional. E necessária.