segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Balanço mas não caio

Sério, às vezes é bom que alguns fatos vem a tona mais cedo possível. Porque é insustentável insistir no erro. E também é impossível insistir no que você acreditava que existia e não existe.
Poxa, tanta coisa boa acontecendo e às vezes me prendo a pequenas coisas. É, entendo, essas pequenas coisas pareciam ser tão imensuráveis, complexas e preenchedoras que, quando distanciadas parece que um pedaço de mim vai embora.
De certo foi, foi um grande pedaço, que o processo de repreenchimento é doloroso e árduo. Mas acredito que isso passa, tanta coisa passou, coisas que foram compartilhadas passou, coisas que ficou no meu intimo passou e muitas outras que se levantarão irão passar.

Tem um verso, uma poesia bastante conhecida, bacana até, que às vezes é bom reler:
"Pode ser que um dia nos afastemos
mas, se formos amigos de verdade
a amizade nos reaproximará"
E o que dizer mais? Não podemos mudar as mãos do tempo. Não é mesmo?


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Coisas de gente modesta

"é a idade que fez com que eu escrevesse como se soubesse o que estou fazendo".

.

.

Se escreveu, remeta

Já dizia lenine: se escreveu, remeta

Geralmente busco respostas para tudo o que está ao meu redor. Acho que é nisso que eu peco. Peco pelo excesso, pela tentativa. Peco pelo “I wanna”.
Nesse momento de erros e tentativas, me perco em meio a uma arquitetura neoclássica abandonada, pouco rebuscada e com marcas do tempo. Ali, exatamente ali, acendo meu primeiro cigarro, depois da crise de tosse que ataca minhas entranhas.
Encaro uma senhora mal vestida e deformada, que de um modo singelo me pede um cigarro. Por trás daquela deformidade há um sofrimento. Ignoro. Minha mágoa pessoal ainda é maior do que a dor que os anos a ela proporcionaram. Observo que, lentamente, ela tira do seu bolso um punhado de sal e joga ao redor de si mesma e de algumas plantas. Acredito ser um ritual satânico ou coisa do gênero.
Afasto-me. Sento mais adiante, cerca de outros mendigos que exalam um cheiro desagradável. Fico ali, pensando na morte da bezerra.
Tento entender que a morte da bezerra foi causada por algum motivo concreto, alguma razão. Anomalia na uréia, enfraquecimento dos ossos, sei lá, até mesmo uma caçada. Viajo e aterrizo, voltando meu pensamento aos meus próprios problemas.
Ali, em meio a tanta urbanização com uma organização própria e confusa, me deparo com o que me fez recordar de um encontro digno de novela das oito. Uma troca de diálogos fria e direta. Solto, em meio a uma baforada e outra do cigarro, questões. Queria entender os motivos para tudo o que se passava.
Ficou um grande silêncio. Algo inexplicável, eu sentado fumando e querendo entender o que estava acontecendo. E ele ali, em pé, sem jeito, sem respostas... Algumas palavras foram trocadas, desabafei um pouco... Nada se concretizou. O silêncio e a distância eram palpáveis. Tudo se encerrou como se nada tivesse acontecido, como se o elefante rosa dançante apenas fosse fruto das nossas imaginações. Não, ele existiu. Existe. O tempo dirá o quão árduo será retira-lo da relação. Mas é questão de tempo, espaço, muito ky e paciência

Quem te deu tanto axé?