Semente

O sonho de escrever foi algo que eu sempre tive. O problema era o que escrever. Escrever não é simplesmente abrir o Microsoft Word e vomitar palavras. Necessita tática, necessita foco para tal. E impulso,o que eu nunca tive. Dizem que o que facilita a escrita é falar sobre o que você sabe. Baseado nisso, acredito que eu me conheço bem.

Então vamos lá, sou Leandro, tenho 20 anos. Moro em São Bernardo do Campo, cidadezinha pacata, que tem em sua história alguns momentos de euforismo político e algumas regiões devastados pela poluição causada pelo boom de empresas na década de 80. Moro com meus pais ainda, não que isso seja um problema crônico, mas eu cogito a possibilidade de encarar o mundo e morar sozinho, lógico, não por enquanto, pois estou desempregado.

Apesar do desemprego ser definido como lástima da sociedade contemporânea e ser um assunto assustador que deixa qualquer pai de família de cabelo em pé, não bateu na minha porta por acaso. Eu escolhi por ele.

Pegando o gancho: eu tive uma escolha de prosseguir num emprego ou largar tudo e encarar o mundo. Aí eu questiono: Por que sempre achamos que nossas escolhas estão erradas? Sim, porque eu não acredito que essa escolha de deixar meu emprego tenha sido racional, aliás, até hoje não sei qual foi a escolha racional que eu fiz. Ora, tantos fatos aconteceram na minha vida devido minhas escolhas. E... Nem sempre o final desses fatos foi agradável. Citaria muitos exemplos aqui se isso não fosse gerar desprezo ou mesmo espanto por parte de alguns leitores. Claro que estou sendo um tanto melodramático e divagar sobre esse assunto não é meu propósito.

Sei que você deve estar se perguntando: mas afinal, qual é o propósito desse garoto? Meu propósito é que nesse blog eu descreva o passo a passo de tomar rumo na vida quando se tem 20 e poucos anos. Falar sobre minhas escolhas, falar sobre meus sucessos e meus fracassos. E claro, seguindo a tendência, descrever meu dia-a-dia e os fatos importantes para mim. Enfim, plantar a semente da escrita em mim.

Por isso, não se assustem ou me julguem. Apenas acompanhem.